Nuno Pacheco - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Nuno Pacheco
Nuno Pacheco
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Jornalista português, redator-principal do diário Público.

 
Textos publicados pelo autor
«Dizer que o Brasil cedeu alguma coisa<br> é de uma hipocrisia total»

Segunda parte da entrevista do presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Artur Anselmo, ao jornal "Público" de 12/12/2013 – ver «Para nós, o normal é o respeito pelas ortografias nacionais» –, para quem «o respeito pelas normas de cada país é essencial para um bom entendimento em matéria ortográfica: um mesmo sistema, o da Língua Portuguesa, e várias normas, consoante os países a que digam respeito.» Por isso, na sua opinião, o Acordo Ortográfico não tem sentido.

<i>Andamos</i> ou <i>andámos</i>?

O jornalista Nuno Pacheco lembra que, em Portugal, se distingue andamos (presente do indicativo) de andámos (pretérito perfeito do indicativo), e observa: «O andamos, em Portugal, quer dizer que ainda andam; já o andámos remete, de imediato, para um passado indefinido: podem ter andado juntos há meses ou até há anos, mas não andarão juntos agora. A abolição impensada do sinal diacrítico (o acento) cria uma confusão escusada entre passado e presente e troca a clareza pela ambiguidade.» Apontamento transcrito da edição de 30/09/2016 do jornal "Público" – a que juntámos um esclarecimento final sobre esta particularidade regional da pronúncia das citadas formas verbais, em Portugal.

São erros, senhores...<br> Ou serão ideias supimpas?

O que quer dizer supimpa? E quanto a incorreções tão comuns como "encapuçado" em vez de encapuzado, "salganhada" em vez de salgalhada, mais a confusão recorrente entre o «ir ao encontro de» como o «ir de encontro a...», ou "implementar" que serve para tudo e para nada? Ou, nos seus antípodas, aparentes contrassensos da linguagem, como é o caso da expressão «fazer a barba»? 

[Crónica do jornalista Nuno Pacheco, à volta de «meia dúzia de livros que [publicados em Portugal], desde meados de 2015, vêm a tratar dessa coisa preciosa que é a língua portuguesa, falada ou escrita». In "Público" de 12/08/20016, conforme a norma anterior ao Acordo Ortográfico, seguida pelo jornal.]

Falares há muitos, dizeres também

♦«Calão é palavra matreira. No dicionário, tanto lhe dá para a mandrice (como calaceiro) como para a pesca (chama-se calão a um barco usado na pesca do atum), mas mais comum é tal palavra servir para designar uma "linguagem especial usada por certos grupos". Não há quem não saiba o que é, na verdade. (...)»

crónica do jornalista Nuno Pacheco, no jornal "Público" de 5/08/2016, que, a pretexto do lançamento da nova edição, revista e aumentada do Dicionário de Calão do Porto, esmiúça vários outros exemplos de expressões, localismos, regionalismos e modos de falar – que vão de Luanda, à Bahia, até ao Algarve]

Salvem-nos o inglês!

«(...) O inglês de Inglaterra passou a ser visto como uma “coisa parecida” com o inglês americano simplificado. Ora é esta “coisa parecida”, que na verdade é a “coisa” original, que agora dizem estar em risco como língua de trabalho na União Europeia (...)»