João Melo - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
João Melo
João Melo
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João Melo (Luanda, 1955) é um escritor e jornalista angolano. Foi ministro da Comunicação Social até outubro de 2020 Licenciado em Comunicação Social e mestre em Comunicação e Cultura no Rio de Janeiro, trabalhou na Rádio Nacional de Angola, no Jornal de Angola e na Agência Angola Press. Para além de membro fundador da União dos Escritores Angolanos, foi também secretário-geral e presidente da Comissão Diretiva do mesmo. Das suas obras, destacam-se: Fabulema (1986), O caçador de nuvens (1993) e Cântico da terra e dos homens (2010). Mais aqui.

 
Textos publicados pelo autor
Crónica verdadeira da língua portuguesa

Poema  "Crónica verdadeira da língua portuguesa", da autoria do jornalista e escritor  angolano João Melo. Um texto inédito em livro, datado de 2009, que o autor publicou no Diário de Notícias, em 5 de maio de 2020, Dia Mundial da Língua Portuguesa.

Várias lusofonias, uma grafia
A urgência de um entendimento

«Não existe apenas uma lusofonia, mas várias. Grafar as palavras da mesma maneira (...)  não impede a expressão dessa diversidade: consolida-a e expande-a» – escreve neste artigo o jornalista, escritor e ex-ministro da Comunicação Social angolano João Melo, em texto publicado em 15 de fevereiro de 2020 no Diário de Notícias.

 

A poetisa portuguesa
Sophia de Mello Breyner
gostava de saborear
uma a uma
todas as sílabas
do português do Brasil.

Estou a vê-la:
suave e discreta,
debruçada sobre a varanda do tempo,
o olhar estendendo-se com o mar
e a memória,
deliciando-se comovida
com o sol despudorado
ardendo
nas vogais abertas da língua,
violentando com doçura
os surdos limites
das consoantes
e ampliando-os
para lá da História.

Mas saberia ela
quem rasgou esses limites,
com o seu sangue,
a sua resistência
e a sua música?

João Malaca Casteleiro em entrevista à revista África 21

Entrevista ao filólogo português João Malaca Casteleiro [ver «Em defesa da Língua», em baixo] nos trabalhos do Acordo Ortográfico começou há mais de duas décadas, no Rio de Janeiro, ao lado do académico brasileiro António Houaiss. Hoje, mantém a defesa da reforma da língua portuguesa e responde com acutilância às argumentações dos adversários do Acordo.

Uma entrevista da autoria do jornalista e escrito angolano João Melo, na revista África 21, de dezembro de 2019.