João Alferes Gonçalves (1944 — 2023) - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
João Alferes Gonçalves (1944 — 2023)
João Alferes Gonçalves (1944 — 2023)
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Jornalista português, falecido no dia 3 de agosto de 2023, com 79 anos de idade. Foi um dos jornalistas mais completos da sua geração, com um  diversificado percurso profissional, tanto na imprensa escrita como na rádio e  na televisão — nomeadamente na Rádio Renascença, onde se iniciou ainda antes do 25 de Abril de 1974, no jornal "O Diário" e como formador no Centro de Formação da RTP, integrando a equipa que desenvolveu um Prontuário Fonético para a rádio e a televisão públicas portuguesas. Foi um  do criadores do site do Clube de Jornalistas, seu responsável editorial durante 30 anos, tendo exercido, também, a moderação do respetivo espaço de debate televisivo na RTP 2Cultor do idioma nacional, João Alferes Gonçalves foi um esmerado colaborador do Ciberdúvidas, tendo assinado vários apontamentos sobre a escrita e a locução jornalística nos media portugueses.

 
Textos publicados pelo autor

Mandam as regras da mais elementar prudência que antes de fazermos afirmações peremptórias saibamos do que é que estamos a falar.

No meio das dezenas de notícias e comentários que estão a ser publicadas a propósito da visita do dalai-lama [a Portugal], li, no Público, uma notícia assinada por Leonete Botelho, na qual a autora afirma que «Kenzin Gyatso» é «o nome de nascença do Dalai Lama e aquele que os apoian...

O Diário de Notícias, pelos vistos, não acerta uma com o dalai-lama1. Depois de recente referência incorrecta ao título do líder espiritual do Tibete, veio agora, na edição ...

Erro supersónico

A edição digital do Público inseriu, a meio da tarde de 6 de Setembro p. p., a notícia da France Presse que se reproduz a seguir. Algum tempo depois, substituiu-a por uma nova versão, igualmente atribuída à France Presse, que corrige alguns erros da primeira.

Sobre o falecimento de Luciano Pavarotti – no caso em apreço, ainda se tratava de notícias sobre o agravamento irreversível  do seu estado de saúde –, apareceu em diversos jornais portugueses «doenças cancerígenas», em vez de «doenças cancerosas». Tudo porque quem respigou a informação original

Até há algum tempo, o papa e o dalai-lama tinham idêntico tratamento nos meios de comunicação portugueses. Não quer isso dizer que não houvesse um ou outro jornalista que ignorasse a semelhança da função e da designação. O que acontecia é que havia pelo menos um jornalista entre esse desconhecedor e o público que evitava a divulgação da asneira. Por motivos ...