João Alferes Gonçalves (1944 — 2023) - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
João Alferes Gonçalves (1944 — 2023)
João Alferes Gonçalves (1944 — 2023)
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Jornalista português, falecido no dia 3 de agosto de 2023, com 79 anos de idade. Foi um dos jornalistas mais completos da sua geração, com um  diversificado percurso profissional, tanto na imprensa escrita como na rádio e  na televisão — nomeadamente na Rádio Renascença, onde se iniciou ainda antes do 25 de Abril de 1974, no jornal "O Diário" e como formador no Centro de Formação da RTP, integrando a equipa que desenvolveu um Prontuário Fonético para a rádio e a televisão públicas portuguesas. Foi um  do criadores do site do Clube de Jornalistas, seu responsável editorial durante 30 anos, tendo exercido, também, a moderação do respetivo espaço de debate televisivo na RTP 2Cultor do idioma nacional, João Alferes Gonçalves foi um esmerado colaborador do Ciberdúvidas, tendo assinado vários apontamentos sobre a escrita e a locução jornalística nos media portugueses.

 
Textos publicados pelo autor
Raios & coriscos
Quando uma trovoada passa a uma chuva de relâmpagos

«Ler e ouvir diariamente os media portugueses é um exercício penoso, tantos são os erros de linguagem, escrita ou falada» – escreve neste texto o jornalista João Alferes Gonçalves*, com um caso que vai muito além de um simples erro gramatical...

 

Texto publicado na página do Clube dos Jornalistas no dia 24 de agosto de 2019. 

Mais bilião, menos bilião…
Um numeral dado a confusões

Acerca do peso financeiro da hemodiálise nos custos do setor da saúde em Angola, circulou em Portugal a notícia segundo a qual o montante atingia a incalculável cifra de 15 biliões de kwanzas. Afinal, não deixando de ser elevada, a despesa era de 15 mil milhões de kwanzas...

[Apontamento do autor publicado originalmente  na página do Clube de Jornalistas, com a data de  24 de junho de 2019.]

Como se pronuncia Ole Gunnar Solskjaer?

O jornalista João Alferes Gonçalves dá uma ajuda como dizer o o nome (norueguês) do novo treinador do Manchester United, neste texto que se transcreve, com a devida vénia, da página digital do Clube de Jornalistas.

Dois em um...

 

Nos tempos que correm, em Portugal, é fácil encontrar erros nos media, mas um erro duplo é um fenómeno que justifica atenção redobrada.

 

O primeiro erro deste título do Diário de Notícias está no "parodeia", que revela um desconhecimento total da conjugação do verbo parodiar. O verbo conjuga-se como adiar. Aparentemente, quem escreveu "parodeia" deve estar convencido de que o verbo se escreve "parodear".

Regresso ao futuro

 

 

O primeiro período desta chamada do Diário de Notícias mostra que o que nasce torto dificilmente se endireita.

«Setúbal foi a única capital que continua a ser» é uma formulação que desafia o tempo, própria da trilogia do Regresso ao Futuro.

Se foi, não continua a ser. E vice-versa.

A isto soma-se a falta de concordância entre voltam e CDU, agravada por uma construção confusa que permite atribuir a Setúbal a função de sujeito também nesta oração.