Gabriel Lago - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Gabriel Lago
Gabriel Lago
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Revisor de textos e escritor brasileiro. Coautor da antologia poética Poesias Esquecidas (4 volumes). Colabora na página do Facebook Língua e Tradição.

 

 
Textos publicados pelo autor
Alho não tem dente
Hiper-racionalização e hipercorreção

«[C]ertas "condenações condenáveis", como gosto de chamá-las, muitas vezes são refutadas pelos próprios gramáticos e pelos exemplos literários: é o caso de "junto com", "nem tampouco», "já não mais" e outras aparentes redundâncias que, rechaçadas pelos racionalistas mais rigorosos, recebem o abono daqueles especialistas e escritores de peso.» Neste texto reflexivo, o revisor e escritor Gabriel Lago defende a pluralização de saudade e expressões como «maior atenção» e «maiores informações», fundamentada com exemplos de escritores de peso. Reflexão publicada no mural Língua e Tradição , no Facebook, em 5 de novembro de 2022 e aqui transcrita com a devida vénia. 

Como evitar a ambiguidade?
Três casos (de algum modo) resolúveis

«Alguns dias atrás, perguntaram-me o que deve ser feito para evitar a ambiguidade na escrita – há algum macete, alguma fórmula?» Neste texto, Gabriel Lago trata de três situações ambíguas recorrentes na língua portuguesa, nomeadamente: o comparativo como na indicação do objeto; o relativo que com mais de um termo que pode ser retomado; o artigo ou preposição a antes do possessivo feminino. Apontamento publicado originalmente no Facebook Língua e Tradição no dia 12 de setembro de 2021.

Tenho escrito, tenho escritos
Do particípio passado ao adjetivo

«Pense bem nas duas construções [...]: 1. "Tenho escrito muitos artigos"; 2. "Tenho escritos muitos artigos." São válidas ambas as frases?» Acerca do comportamento do particípio passado associado ao verbo ter, o escritor e revisor de textos Gabriel Lago reflete acerca da legitimidade de duas construções num texto publicado originalmente no Facebook Língua e Tradição no dia 5 de setembro de 2021.

Isso, isso, isso
O (ab)uso de isso

«[R]ecentemente, em minhas revisões, fui assombrado com uma tradução de cinquenta páginas de arquivo de texto em que pude somar nada menos que duzentos e vinte e sete issos. Uma média de quase cinco por página. Foram construções como "Eu não disse isso", "Grato por isso", "Sou incapaz disso", "Ele percebeu isso»", "Sei disso", "Depois disso", "Com relação a isso", etc., etc., etc.» O revisor Gabriel Lago queixa-se da repetição do demonstrativo isso e dá sugestões para evitar a monotonia.

Artigo publicado no mural Língua e Tradição (Facebook, 23 de abril de 2021).