Frederico Lourenço - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Frederico Lourenço
Frederico Lourenço
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Frederico Lourenço (Lisboa, 1963) doutorado pela Universidade de Lisboa, é especialista em Estudos Clássicos, além de ensaísta, tradutor e escritor. Traduziu a Ilíada e a Odisseia (Prémio D. Diniz da Fundação Casa de Mateus e Grande Prémio de Tradução APT/PEN), bem como a poesia da Grécia antiga, que selecionou para um volume intitulado Poesia Grega de Álcman a Teócrito.  Entre o seus livros de ensaios, contam-se Grécia Revisitada (2009), Estética da Dança Clássica (2014) e Livro Aberto: Leituras da Bíblia (2015). No domínio do relato de ficção ou autobiográfico, é autor de Pode Um Desejo Imenso, Amar não Acaba, À Beira das Estrelas e A Formosa Pintura do Mundo.

 
Textos publicados pelo autor
<i>Posídon</i> vs. <i>Posêidon</i>
Como transcrever o nome do deus grego?

Publicação do professor universitário, classicista, tradutor e escritor Frederico Lourenço (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) no seu mural de Facebook, a respeito do aportuguesamento do nome de um dos deuses da mitologia grega – Posídon ou Posêidon. Mantém-se a ortografia de 1945, adotada no texto original.

O Latim do Zero
Da Eneida a Vergílio em 50 Lições
Por Frederico Lourenço

Além da intensidade com que se entrega à investigação e à tradução dos textos em línguas clássicas, o professor universitário e classicista Frederico Lourenço (Lisboa, 1963) tem-se batido nos últimos anos pela recuperação do estudo do latim e até do grego no ensino não universitário português. A presente publicação – sob a chancela da Quetzal Editora –, decorre das dificuldades impostas pela pandemia de covid-19 e nasceu, como faz questão de frisar o autor, da decisão de prosseguir a docência em latim por canais digitais, não só em atenção dos seus alunos, mas também para o vasto público que já o segue pela Internet (ver aquiaqui e aqui). É, portanto, um curso de latim que o autor lança a todos como desafio e que se revela como um importante auxiliar do estudo autónomo (e exigente) desta língua-matriz da portuguesa – no fundo, correspondendo a uma preocupação pela produção de materiais acessíveis quer a estudantes quer a autodidatas.

Const...

Apanhá-lo do chão
Origem e significado das palavras

O professor universitário Frederico Lourenço enceta uma viagem à origem latina de diversas palavras. Assim se mostra a ligação entre dócil e doutor, falar e mentir, nádega e dorso, entre outras significações extraordinárias que vêm comprovar a importância do conhecimento da língua latina para compreender a evolução dos significados e a proximidade das palavras. 

Texto publicado pelo autor no seu mural de Facebook em 13 de dezembro de 2020.

Domingo de Ramos
Nas versões bíblicas

A propósito da celebração do Domingo de Ramos – uma semana antes da Páscoa  –, o professor  universitário Frederico Lourenço comenta o relato de Lucas (19, 36-37), comparando as suas versões em grego e em latim. Na análise, assinala-se que no texto de São Lucas não se mencionam os ramos que mais tarde ficaram associados a esta festa do calendário cristão.

Texto original publicado no Facebook Latim do zero - Página de Frederico Lourenço para a aprendizagem do Latim, no dia 5 de abril de 2020.

Nova Gramática do Latim
Por Frederico Lourenço

Diz-se que é hoje uma língua morta, mas o latim aparece bem vivo nesta nova obra do professor universitário português Frederico Lourenço, que revela como é essencial conhecê-lo para compreender os aspetos estruturais e históricos das atuais línguas românicas, entre as quais se conta o português. Mas esta é também uma gramática realmente nova, como promete o título, porque – o próprio autor faz questão de frisar –, ao longo de cerca de 500 páginas, se vai alcançando o propósito de reunir a informação essencial que a leitura de textos latinos, sobretudo os literariamente elaborados entre os séculos II a.C. e V d.C.

Trata-se de uma obra que abre com quatro secções introdutórias (Preambulum, “Abreviaturas, sinais e convenções”, “Introdução à língua latina” e “Noções básicas de pronúncia”), que dão as noções básicas para contextualização e apreensão da arquitetura da língua latina. Seguem-se três capítulos, os dois primeiros dedicados à descrição da morfologia e sintaxe latinas, conforme funcionavam no padrão clássico configurado pela literatura modelar do tempo de Augusto, sem perder de vista variantes que marcam arcaísmos ou inovações. O terceiro e último capítulo (Varia) aborda tópicos diferenciados sempre norteados pelo mesmo intuito de capacitar para a leitura em latim.

A experiência oferecida pela leitura dos dois primeiros capítulos é, por um lado, de proximidade linguística e, por outro, de estranheza. A afinidade vem do léxico, em que o falante de português reconhece sem dificuldade muitas das palavras que usa; mas o desafio é lançado na descoberta do funcionam...