DÚVIDAS

CIBERDÚVIDAS

Textos publicados pela autora

Consultório

O coletivo de caracol

Pergunta: Como se designa um conjunto de caracóis?Resposta: Não podemos deixar de assinalar que o nome/substantivo caracóis é a forma plural de caracol, representando mais do que um caracol. Ora, esta palavra não tem um só significado, designando realidades de vários domínios campos semânticos (da zoologia, do cabelo, da botânica e da anatomia): — nome vulgar extensivo a diversos moluscos gastrópodes, pulmonados, com dois pares de tentáculos, o par superior com olhos nas pontas e...

Consultório

Exemplos de nomes epicenos

Pergunta: Gostaria de conhecer exemplos de animais epicenos.Resposta: Se se tiver em conta que se denonimam epicenos «os nomes de animais que possuem um só género gramatical para designar um ou outro sexo» (Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 196), apercebemo-nos de que há muitos casos de nomes epicenos, de que são exemplo os seguintes: a águia, a baleia, a aranha, a...

Consultório

Diferença entre ás, às e hás

Pergunta: Qual a diferença entre ás (nome) e ás (verbo haver)?Resposta: Em primeiro lugar, importa dizer que não existe ás como forma verbal. Por não identificarmos essa forma verbal, consideramos que a consulente se queria referir a hás, do verbo haver. Será, por isso, nesta perspetiva que a nossa resposta será construída. É de referir que, para além das duas palavras apresentadas pela consulente — ás e hás —,...

Consultório

Origem da expressão «ficar com um olho à Belenenses»

Pergunta: Gostaria de saber qual a origem da expressão «ficar com um olho à Belenenses».Resposta: Na pesquisa realizada, não encontrámos nenhum registo dessa expressão na bibliografia específica sobre a origem das expressões correntes. De qualquer modo, pensamos que poderemos depreender que o seu sentido (e a sua origem) se deva à associação com a cor que simboliza o clube Os Belenenses (também denominado o Belém ou os azuis do Restelo): o azul.  De facto, quando alguém se magoa no rosto (ou porque é alvo de...

Consultório

Casos de próclise e ênclise

Pergunta: Choram como se o dia fosse noite E só tu cuidas delas Poisa a pomba na cruz E só tu deixas-te ir Neste fragmento de um poema, temos no último verso «e só tu deixas-te ir» em vez de (no meu entender e como deveria ser) «e só tu te deixas ir». Este é um exemplo de entre muitos os que se ouvem no dia-a-dia. Se a frase fosse «e tu deixas-te ir», estaria correcta. Esta forma, colocando o (verbo)-te... em vez do te (verbo)..., usada agora por estudantes, professores, jornalistas, políticos, etc., é muito comum nos nossos dias...
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa