A Associação de Professores de Português na Galiza (DPG) divulgou um parecer em que recomenda ao governo galego que abra mais vagas para professores de língua portuguesa em todas as convocatórias de concurso público para o nível secundário. Este apelo da DPG surge na sequência dos dados apresentados em 17/12/2021 pelo secretário-geral de Política Linguística da Junta da Galiza, Valentin García, a uma comissão de inquérito do parlamento galego , no contexto da Lei Paz-Andrade. Recorde-se que esta lei, aprovada em 2014, prevê a expansão do ensino do português na Galiza.
Comparando a situação do português na Galiza (cerca de 5000 alunos) com a da Estremadura espanhola (10 000), a DPG considera que os dados galegos estão muito aquém do que seria de esperar quer quantitativamente quer quanto à presença curricular do português nos níveis básico e secundário do sistema de ensino da Galiza. Além de faltar a oferta de vagas para colocação de professores de Português no ensino básico, no secundário «foram apenas 12 os docentes de português contratados de facto em setembro através da especialidade para os mais de 73 centros educativos dependentes do governo onde se estuda a matéria neste ano escolar».
No mesmo parecer, a DPG considera ainda que o governo galego deverá com brevidade lançar «a publicação de normativa que abrigue legalmente os departamentos de português dotando-os de reconhecimento explícito, como também já tem feito a Estremadura».
Texto integral do parecer da DPG divulgado em 20/12/2021 – aqui.
Mais informação sobre este tema:
– "Galiza conta coa metade de estudantes de portugués que Estremadura", Nós Diario, 17/12/2021
– "A Lei Paz-Andrade eleva a cinco mil os estudantes de portugués", O Correo Galego, 17/12/2021
– "Mais do que números devemos pensar em qual é o modelo de expansão para normalizar o ensino do português", Portal Galego da Língua, 09/09/2021
– "Loaira Martínez: 'Queríamos demonstrar como vão ser capazes de falar português ao concluir Bacharelato"”, Portal Galego da Língua, 29/06/2021