A correção da língua portuguesa na imprensa é o titulo da dissertação de mestranda de Inês Rebelo do Carmo, na Escola Superior de Comunicação Social, em outubro de 2019.
«Há muito que, oriundos de vários quadrantes, se erguem protestos contra os erros linguísticos encontrados na imprensa em Portugal. Tendo como ponto de partida a análise do Público, do Correio da Manhã e do Expresso, esta dissertação propõe-se averiguar se os jornais portugueses respeitam as normas da língua, apurar qual a frequência com que ocorrem erros, quais as áreas gramaticais mais problemáticas e que condições facilitam o surgimento de desvios à norma.
Considerou-se, para isso, o tipo de jornal, a periodicidade, a secção, a autoria dos artigos, o género jornalístico, o dia da semana e a zona do texto. Foram também realizadas entrevistas, com a finalidade de conhecer o processo de revisão em cada um dos jornais que constituem o corpus de análise deste trabalho, e assim interpretar os resultados de forma mais sustentada.
Verificou-se que determinadas dinâmicas laborais (como a flutuação do número de profissionais na redação) e alguns aspetos técnicos inerentes à escrita jornalística se relacionam estreitamente com o nível de correção linguística da imprensa.
Constatou-se ainda que as edições online apresentam um número de erros substancialmente mais elevado do que as impressas, o que demonstra a importância da função dos copydesks e o impacto da ditadura do imediatismo na correção da escrita.»
Na integra, aqui.