Por decisão do Conselho Executivo da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o Dia Mundial da Língua Portuguesa será comemorado anualmente em 5 de maio. Há 10 anos que a data já era assinallada como o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP.
A decisão foi tomada na sede da UNESCO, em Paris, na reunião do conselho executivo realizada no dia 17 de outubro, o qual aprovou por unanimidade uma proposta de todos os países lusófonos, que receberam apoio de países como a Argentina, o Chile, a Geórgia, o Luxemburgo ou o Uruguai.
Na proposta apresentada, os países lusófonos reiteraram, entre outros argumentos, a importância da língua, que, além de ser a mais falada no hemisfério Sul, foi também a da primeira vaga de globalização que influenciou outras línguas do mundo.
Este dia será oficialmente assinalado na sede da UNESCO a partir de 2020, com mostras culturais que ocuparão os corredores da sede durante quinze dias.
Como ficou assinalado na Abertura de 17/10/2019, trata-se do culminar de um processo que levou à aprovação por unanimidade de uma proposta apresentada pelos países da CPLP, com apoio da Argentina, do Chile, do Uruguai, da Geórgia, do Luxemburgo e outros países. Entre os argumentos justificativos da comemoração conta-se o facto de o português estar entre as línguas mais faladas do hemisfério sul e historicamente constituir a que marca a primeira vaga de globalização. Para António Sampaio da Nóvoa, embaixador de Portugal na UNESCO, o endosso por esta organização da nova data comemorativa (ver mensagem da Presidência da República Portuguesa) terá grande impacto: «[e]ntra nos calendários internacionais, o que quer dizer que ganha uma projeção do ponto de vista internacional, podendo ter consequências nos mais diversos planos»; e abre caminho para o português se tornar língua de trabalho na ONU (Oganização das Nações Unidas), a par das que já têm esse estatuto, a saber, o inglês, o francês, o chinês, o espanhol, o árabe e o russo.
cf. Entrevista: Embaixador Mauro Vieira + Dia Mundial da Língua Portuguesa: Brasil assinala, mas não celebra