Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
Como (não)  publicar erros gramaticais
O verbo haver e os seus tratos de polé
Por José Mário Costa/Sara Mourato

O pobre do verbo haver, volta e meia, lá tem de vir  para o Pelourinho... Não ele, sem culpa nenhuma, mas por causa de quem faz tábua rasa do – provavelmente –  normativo mais básico da gramática.

 

A “smsização” da língua
Nos jornais e na blogosfera

«Depois do quase total desaparecimento da prosa por assim dizer jornalística (e “jornalística” é o pior que se pode dizer de uma prosa) do ponto e vírgula, das perifrásticas, dos tempos composto e, de um modo geral, de tudo o que vá além do pretérito perfeito e do modo indicativo (sobrevivem ainda, penosamente, uma ou outra incursão no condicional ou no futuro), parece que a “smsização” da língua chegou aos sinais de pontuação.»

Crónica jornalista e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012), publicada originalmente no "Jornal de Notícias" de 3 de agosto de 2006, transcrita do livro do autor Por Outras Palavra & Mais Crónicas de Jornal (Modo de Ler – Editores e Livreiros, Porto, 2010). Escrita segundo a norma ortográfica de 1945

In <i>mídia</i> virtus
Sobre plural latino do neutro medium

«Media – como recorda neste texto* o jornalista e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012) – é o plural latino do neutro médium, que significa meio. Os media são, simplificadamente, o conjunto dos diferentes meios ou suportes de comunicação social.»

* in Jornal de Notícias de 18 de outubro de 2006, transcrita do livro do autor Por Outras Palavra & Mais Crónicas de Jornal (Modo de Ler – Editores e Livreiros, Porto, 2010). Escrita segundo a norma ortográfica de 1945.

O
«Gente que tem por profissão escrever em português e escreve incompetentemente em português»

«Os jornais abundam hoje em frases descasadas e em erros de ortografia (dos de sintaxe melhor é nem falar). Os velhos revisores foram-se e as redacções encheram-se de jovens produtos do sistema de ensino. O resultado foi catastrófico.»

 Crónica do jornalista, poeta e escritor Manuel António Pina (1943 – 2012), transcrita, com a devida vénia, do Jornal de Notícias de 16 de maioo de 2006. Escrita segundo a norma ortográfica de 1945

Ei, anda alguém a ler isto?
Erros recorrentes no jornal Público

«Parece que ninguém, na redacção do jornal Público, lê ou, pelo menos, leva na devida conta as recomendações do seu provedor do leitor em matéria de erros e desleixos de português. Erros e desleixos, de tão repetidos  e de tal modo básicos, que… [nem] se  acredita.»

 Artigo do provedor do leitor do jornal Público, Joaquim Vieira, transcrito, com a devida vénia, do dia 11 de Outubro de 2009.

Dois erros muito comuns na imprensa portuguesa
Dez por cento/dez pontos percentuais e «vereador» vs. «deputado municipal»

A diferença entre «aumentar dez por cento» e «aumentar dez pontos percentuais», assim como entre vereador e deputado na terminologia autárquica portuguesa – regista neste comentário o jornalista João Alferes Gonçalves, a propósito de uma notícia do diário português Público de 13 de Julho de 2007.

Se houvesse mais Claras...
Outro atropelo televisivo ao verbo haver

Aconteceu com quem e onde menos se esperava...