Comentário de António Vitorino1, sobre a Declaração de Berlim, proferida no âmbito das comemorações dos 50 anos do Tratado de Roma: «O texto tem muito do que é típico nos textos europeus, que se costuma chamar “a árvore de Natal”: cada um pôs lá aquilo que gosta mais. Ficou uma coisa sem hierarquia, sem critério.»
«Cada um pôs lá aquilo de que gosta mais»: assim deveria ter sido dito, com a preposição de, pois o verbo gostar pede um complemento iniciado pela preposição de. Exemplos: «Ele gosta destes poemas»; «os poemas de que ele mais gosta»; «os pratos de que ele mais gosta»; «aquilo de que ele mais gosta».
1 Programa As Notas Soltas de António Vitorino, RTP-1, 26 de Março de 2007