O hífen é um sinal gráfico que liga elementos de uma palavra ou palavras. Também é usado para indicar a translineação, ou seja, para separar palavras em duas partes, no final de uma linha.
O hífen não deve ser confundido com o travessão, que, graficamente, é um sinal mais longo do que o hífen.
Vejamos, então, algumas situações mais simples em que o uso do hífen é obrigatório:
(i) quando os verbos são acompanhados por pronomes átonos, colocados após o verbo:
(1) «deu-nos» / «faltar-me-á» / «apresento-vo-lo.»
(ii) com palavras compostas, quando os elementos que as compõem mantêm o seu acento e sentido próprio:
(2) «decreto-lei» / «norte-americano» / «amor-perfeito»
(iii) com palavras que indiquem espécies botânicas ou zoológicas, cujos elementos estejam ou não ligados por preposição:
(3) «couve-flor» / «abóbora-menina» / «andorinha-do-mar» / «beija-flor»
(iv) com o advérbio bem, quando usado como prefixo:
(4) «bem-estar» / «bem-nascido» / «bem-humorado»
(v) com o advérbio mal, quando usado como prefixo, antes de nomes começados por vogal ou h-
(5) «mal-humorado» / «mal-educado»
(vi) quando o segundo elemento começa por uma vogal igual à que termina o prefixo:
(6) «auto-observação» / «anti-intelectual»
(vii) quando o segundo elemento começa por h-:
(7) «anti-higiénico»
(viii) com os prefixos acentuados pré-, pró- e pós-:
(8) «pré-natal» / «pró-reitor» / «pós-laboral»
Basta conhecer as regras, e a ortografia não sairá lesada. E erros como «*dános», «*benvindo», «*mal estar», «*microondas» ou «*feijão verde» não voltarão a ter lugar nos textos que abundam por aí.
Um bem-haja!