O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.

Nesta semana, no caderno Economia do Expresso (n.º 2087, 27 de outubro de 2012, p. 30), dei de caras com urbescópio, um termo que obviamente não está dicionarizado. O urbescópio é uma peça de mobiliário urbano, de sinalética urbana, metálica, composta por uma base encimada por uma espécie de tubo circular, que direciona o olhar para um ponto-alvo na cidade, um monumento, um edif...

Marcelo Rebelo de Sousa, no seu habitual espaço dominical de comentário na TVI, acusou o líder do PS de ter feito uma ...

Deparei-me no Expresso (n.º 2040, 3 de dezembro de 2011, Primeiro Caderno, p. 3) com um novo conceito e palavra: o «hactivismo», uma nova forma de luta política e de desobediência cívica utilizando a informática e que consiste em efetuar ataques a sítios empresariais e governamentais. O próprio jornalista traça-lhe a etimologia: palavra...

Depois de ter aqui abordado o surgimento no léxico da palavra bloguer e respectiva família, surpreendi no semanário português Expresso, Primeiro Caderno, de 6 de agosto (p. 13), na coluna Gente, o título...

A recente tragédia da Noruega, em que um jovem fundamentalista cristão chacinou mais de 80 pessoas, levou os jornais a debruçar-se sobre as ideias contidas num Manifesto que este teria escrito. O Diário de Notícias (de 25 de Julho de 2011, p. 4) apresentou até algumas passagens do mesmo, não sei se com tradução própria, se alheia. E a dado passo surge isto:

«Os europeus nativos devem exigir um período transitório de deseurabificação pública […]»

Na SIC Notícias, passou o documentário intitulado Dividocracia. Esta palavra, um neologismo entrado por via do inglês debtocracy, não está dicionarizada, mas já tem algum lastro de uso, como se constata pelas 40 600 ocorrências da palavra em português reportadas pelo Goog...

Já antes, a leitura do semanário Expresso me havia chamado a atenção para o uso da palavra bloguer:

«Ouvimos um painel de especialistas internacionais e de blogueres nacionais […]» (Revista Única, de 25 de Junho de 2011, p. 56).

Uma semana depois, o o caso repetiu-se, agora no singular:

«Palavras só comparadas com a violência usada pelo bloguer para falar de Sócrates» (Primeiro Caderno, de 2 de Julho de 2011, p. 11).

E, pronto! Aí está ele, o verbo bitaitar, assim mesmo e sem aspas, utilizado por Ferreira Fernandes, na sua habitual coluna da última página do Diário de Notícias, numa crónica intitulada «Não, não pode, um ponto é tudo!» (12 de Maio de 2011):

«Há uma norma fundamental, não escrita mas que é aceite pelos líderes partidários, que é a de não bitaitar sobre cenários a vir.»

<i>Idadismo</i> e <i>idadista</i>

«Os portugueses são muito idadistas.» Assim mesmo, sem espinhas e sem aspas, escrevia Miguel Esteves Cardoso (MEC), na sua crónica habitual no Público, de 14 de Abril. Para depois acrescentar: «Até os velhos mais malandros, mais magros e atilados do que eu, como o Marcelo Rebelo d...

O desenvolvimento da tecnologia é, como se sabe, um duplo desafio para a língua portuguesa, porque, além da fidelidade idiomática pedida pela criação de um novo termo, impõe-se também fazer frente à pressão das línguas em que essa vanguarda tecnológica encontra expressão. São, por isso, de assinalar os esforços que, de modo institucionalizado ou como espontâneas reacções, têm levado a substituir o jargão informático anglo-saxónico por formas mais de acordo com as estruturas fonológica e morfo...