Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.

A maior desgraça da língua portuguesa é ter mais do que uma ortografia, disse à Lusa o professor Fernando Cristóvão, autor do livro Da Lusitanidade à Lusofonia, lançado [no dia 25 de Julho p.p.] em Lisboa.

«Fazemos parte de uma comunidade em que tudo deve ser comum, a começar pela língua. Só que nenhuma língua tem duas ortografias e só a nossa tem essa desgraça», sustentou Fernando Cristóvão, professor jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa.

Gilberto Gil: «O acordo deveria estar constantemente aberto»

À margem do V Encontro de Culturas, em Serpa, o ministro da cultura do Brasil, Giberto Gil, defendeu que a  vigência do Acordo Ortográfico devia ser supervisionada por uma comissão institucional de especialistas e prestar-se a constantes reajustes.

Reproduzimos excertos da entrevista1 ao Diário do Alentejo.

 

Em entrevista ao programa “Diga lá, Excelência”, do jornal “Público” e da Rádio Renascença, conduzida pelos jornalista  Maria José Oliveira e Paulo Magalhães, emitido  pela RTP 2 no dia  15 de Junho de 2008, o Prémio Nobel da Literatura José Saramago mostrou-se a favor do Acordo Ortográfico, conquanto confesse já não ter idade para deixar de escrever como escreve….

As reedições das suas obras vão ter de aplicar o Acordo ortográfico. O que lhe parece?

Em declarações à Lusa, aquando do I Colóquio Internacional sobre Relações Culturais, Salvato Trigo, reitor da Universidade Fernando Pessoa, alertou para o erro insistente de se considerar que língua e ortografia são uma e a mesma coisa: «O que muda é a representação gráfica da língua, procurando simplificar situações que não têm importância nenhuma. Isso não fere a identidade da língua.»

Uma recapitulação útil

Sendo a língua portuguesa um bem constitucionalmente protegido, quer no seu papel identitário quer no que toca ao património cultural do nosso país (art.º 9.º, e) e f) e 78.º, c) e d) da Constituição), o Acordo Ortográfico (AO) virá a causar-lhe lesões profundas, afectando-a de maneira decisiva, irreversível e inaceitável em Portugal, com a consequente violação da lei fundamental, do interesse geral e dos direitos dos cidadãos.

Uma estratégia simples

Há poucos anos contava-me um colega que tinha chegado lá ao departamento universitário um diploma brasileiro com um pedido de equivalência. Na reunião em que se falou do assunto, alguém olhou para o processo e reagiu: Universidade de Campinas?! Os brasileiros inventam com cada uma, eheheh, não sei que universidade é esta. Suponho que hoje fosse mais fácil explicar aos colegas de que universidade se tratava...

Suspendi o juízo sobre se o Acordo Ortográfico serve bem ou mal a expansão do português e fui ver o que nas cartas ao editor, nos comentários a artigos online e nos blogues se diz sobre o tema.

Encontrei um dizer dominante: assinou-se o Acordo só pelo negócio, uma motivação aviltante e ignóbil, que atinge irreparavelmente valores e princípios.

Com [este] texto, encerra-se uma breve apresentação do essencial sobre o Acordo Ortográfico, que tanta tinta tem feito correr.

Já aqui se focou um dos aspectos da simplificação da ortografia, o da supressão das consoantes mudas ou não articuladas, numa linha de continuidade com o que acontecera em 1945, mas indo mais longe, não levando em conta a influência dessas consoantes no timbre das vogais anteriores (a abertura das vogais a, e e...

O fascismo está inscrito na mentalidade portuguesa. Mal se fala da língua portuguesa, desata-se a usar maiúsculas, a falar da pátria, da expansão e só não se fala da conquista e colonização de outros povos porque nos tempos que correm isso é um bocadito excessivo. Como acontece com todas as mentalidades fascistas, ergue-se um facho não apenas para ser seguido cega e acriticamente, mas também para esconder as misérias. Itália era uma miséria europeia, quando inventou a força do fascismo e o or...

Jornal  português apresenta edição baseada no Acordo Ortográfico

O jornal semanal português Independente de Cantanhede (da região de Coimbra), que comemora o seu 14.º aniversário, apresenta a sua atual edição totalmente redigida segundo o novo Acordo Ortográfico, revelou nesta quinta-feira a equipa do periódico.