Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.
Marcelo: Acordo Ortográfico «é um não tema»
Por Lusa

«Falando em Lisboa, no final da Assembleia Geral da COTEC Portugal, entidade da qual Marcelo Rebelo de Sousa é presidente honorário, o presidente da República foi questionado pelos jornalistas sobre as críticas de Cabo Verde, da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e de Angola a propósito de uma eventual reavaliação do Acordo Ortográfico, tema levantado pelo chefe de Estado português durante a visita da semana passada a Moçambique. "É um não tema. É uma não questão", respondeu apenas Marcelo Rebelo de Sousa, escusando-se a fazer qualquer outro comentário sobre o tema.»

Notícia da agência Lusa difundida em 10/05/2016.

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Por que não devemos revogar o Acordo Ortográfico

Sobre a eventual reavaliação do Acordo Ortográfico (AO), que o chefe de Estado português não excluiu em declarações que fez durante a sua visita oficial a Moçambique, a jornalista Ana Paula Azevedo reflete: «[N]inguém condenará certamente [Marcelo Rebelo de Sousa] se continuar a escrever os seus discursos sem AO. Mais ano ou menos ano, mais quarto de século ou menos quarto de século, a questão há-de resolver-se por si. De tal forma que daqui a nada seremos interpelados pelos nossos filhos ou netos: "Vocês escreviam acção e excepção? Mas que cotas...".» Texto publicado no jornal Sol de 10/05/2016.

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A primeira grande gafe diplomática de Marcelo

«(...) A declaração de Marcelo [Rebelo de Sousa, na sua visita oficial a Moçambique] de que Portugal estaria disponível para reabrir o Acordo Ortográfico caiu como uma bomba. (...)»

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Acordo ortográfico. Países africanos atacam Marcelo e não querem reabrir processo

«Marcelo [Rebelo de Sousa] abriu uma caixa de Pandora ao falar em reabrir o debate sobre o Acordo Ortográfico [quando no decurso da sua visita oficial a Moçambique admitiu a necessidade de o "repensar" ]. E já sofreu críticas externas». 

in jornal i de 10 de maio de 2016

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Governo angolano diz que há progressos em torno do Acordo Ortográfico
Por Lusa

«Angola e Moçambique têm uma posição comum [em relação ao Acordo Ortográfico], houve algum progresso», afirmou Chikoti, em conferência de imprensa, após um encontro em Maputo com o seu homólogo moçambicano, Oldemiro Baloi. (...)

[Texto transcrito do Diário Digital no dia 9 de maio de 2016.]

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Secretário executivo da CPLP<br> diz que não há volta atrás no Acordo Ortográfico
Por Lusa

«Moçambique e Angola estão a preparar-se para ratificar [o Acordo]. Não vejo qual é o problema. Não há retorno», referiu Murade Murargy em declarações recolhidas pela agência Lusa na cidade da Praia, onde marcou presença na abertura dos trabalhos XI Reunião Ordinária do Conselho Científico do IILP), numa alusão ao declarado pelo PR português, na sua recente visita oficial a Moçambique.

[Transcrição, na integra, do "Diário de Notícias" de 9/05/2016.]

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Acordo Ortográfico sob polémica presidencial

Em Maputo, no decurso da sua visita oficial a Moçambique, declarações do presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o Acordo Ortográfico – nas quais admitia que, «se países como Moçambique e Angola decidirem não ratificar o Acordo Ortográfico, isso será uma oportunidade para repensar a matéria» – relançaram a polémica em Portugal. (...)

[Posteriormente, já em Lisboa, e questionado sobre algumas reações críticas de governantes africanos (caso do ministro da Cultura de Cabo Verde) a uma hipotética reavaliação do Acordo Ortográfico, o Presidente português alterou essa sua posição: «É um não-tema. É uma não-questão».]

Alunos até ao 6.º ano já só escrevem<br> pelo Acordo Ortográfico

Um balanço sobre a adoção do Acordo Ortográfico de 1990 nos ensinos básico e secundário, em Portugal, cinco anos depois da sua introdução oficial, publicado publicado no Diário de Notícias do dia 9 de maio de 2016, com a auscultação de vozes críticas e favoráveis desta reforma do português escrito, no seguimento das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, em Moçambique .

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

A reversão mais valiosa para o futuro:<br> acabar com o Acordo Ortográfico

O historiador e político José Pacheco Pereira classifica o Acordo Ortográfico de 1990 como «mais um dos aspectos do desprezo pela cultura das humanidades que caracterizou estes últimos anos» e acrescenta: «O Acordo Ortográfico é um monumento de ambiguidade às relações entre Portugal e os países onde se fala a língua portuguesa, que ninguém desejou nem pediu e que acabou por servir para gerar enormes efeitos perversos, que se arriscam a cair apenas sobre Portugal, visto que no Brasil, em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor, o caminho seguido é deixar o Acordo apenas na sua condição de papel.» Texto transcrito do jornal Público de 7 de maio de 2016.

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As elites bem falantes<br> ou as noções básicas de democracia

O jornalista e escritor Miguel Sousa Tavares reafirma a sua oposição ao acordo: «[...] o AO nasceu porque um restrito grupo de académicos portugueses queria fazer umas viagens à borla ao Brasil e o pretexto encontrado foi o de negociar um acordo ortográfico – que os brasileiros nunca tinham pedido, nunca tinham sugerido e nunca tinham imaginado. E, por isso, os nossos autonomeados embaixadores da língua chegaram lá e disseram aos brasileiros: "Estamos aqui para fazer um AO em que todos os falantes de português passarão a escrever como vocês." Um acto colonial ao contrário.» Texto publicado no semanário Expresso do dia 6 de maio de 2016.

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