Enquanto combatemos o novo coronavírus, o velho «ortogravírus" não pára» – escreveu jornalista Nuno Pacheco, crítico recorrente do Acordo Ortográfico de 1990, aludindo à supressão do c na palavra infecção no português europeu.
«Confesso que não deixo de admirar a pequena tribo de opositores ao Acordo Ortográfico, os quais, passados mais de dez anos sobre a sua vigência e a sua aplicação generalizada – o que o torna irreversível –, continuam a pugnar pelo regresso à antiga ortografia, com a mesma convicção com que os sebastianistas esperavam o regresso de D. Sebastião», rebateu o jurista e constitucionalista Vital Moreira, num apontamento publicado no blogue Causa Nossa.
A discussão tem a ver desta vez com a grafia dos termos infetar e derivados (infeção, infetado, etc.) no português europeu, os quais, depois do Acordo, perderam um c. No Brasil – que também subscreveu o Acordo (e noutros países de língua portuguesa que o não ratificaram ainda) – os mesmos termos escrevem-se com um c adicional (infectar, infecção, etc.).
Com a devida vénia, transcrevemos ambos os texto aqui e aqui.