Antologia // Moçambique Perguntas à língua portuguesa* «Venho brincar aqui no Português, a língua. Não aquela que outros embandeiram. Mas a língua nossa, essa que dá gosto a gente namorar e que nos faz a nós, moçambicanos, ficarmos mais Moçambique.» [texto escrito especialmente para o Ciberdúvidas, na sequência dos contributos do angolano Pepetela, do cabo-verdiano Germano Almeida, do guineense Carlos Lopes e do português José Saramago.] Mia Couto · 11 de abril de 1997 · 15K
Pelourinho Enquanto isso, em Portugal… Muitas das palavras que os brasileiros usam em inglês são substituídas em Portugal por equivalentes na língua-mãe. Veja alguns exemplos: Aids - em Portugal é Sida, sigla que corresponde à tradução Síndrome de Imunodeficiência Adquirida blecaute - apagão boy - moço de recados cam... Revista Veja · 9 de abril de 1997 · 4K
Pelourinho // Falsas etimologias «Desfolhe-se a lista»? Desfolhar dif. de folhear Desfolhar significa tirar, arrancar as folhas e folhear quer dizer percorrer as folhas de um livro... Carlos Marinheiro · 7 de abril de 1997 · 4K
Antologia // Portugal Lamento para a língua portuguesa não és mais do que as outras, mas és nossa,e crescemos em ti. nem se imaginaque alguma vez uma outra língua possapôr-te incolor, ou inodora, insossa,ser remédio brutal, mera aspirina,ou tirar-nos de vez de alguma fossa,ou dar-nos vida nova e repentina.mas é o teu país que te destroça,o teu próprio país quer-te esquecere a sua condição te contaminae no seu dia a dia te assassina.mostras por ti o que lhe vais fazer:(...) Vasco Graça Moura · 4 de abril de 1997 · 3K
Pelourinho Uma palavra a mais Os relatores e comentadores futebolísticos da rádio e televisão enfrentam, no dia-a-dia profissional, uma tarefa árdua: comunicar o essencial em pouco tempo e poucas palavras. Amadeu José de Freitas, Artur Agostinho e outros, há alguns anos, sabiam ser concisos e rápidos, sem deixar de cultivar uma linguagem chamativa. Eram - Artur Agostinho, felizmente, ainda é - óptimos utilizadores da Língua Portuguesa. Diziam frases simples: «Matateu perdeu a bola»; «Germano ... João Carreira Bom · 4 de abril de 1997 · 3K
Pelourinho // Mau uso da língua nos media Se houvesse mais Claras... Outro atropelo televisivo ao verbo haver Aconteceu com quem e onde menos se esperava... Carlos Marinheiro · 2 de abril de 1997 · 7K
Controvérsias Acerca dos Estados que são membros A propósito da controvérsia acima referida que tem estado a ter lugar neste interessante e já inestimável espaço, gostaria de dizer o seguinte: sou a favor da simplificação da escrita naquilo que possa estar relacionado com uma mais fácil leitura e comunicação (não confundir com ausência de princípios ou regras, sobretudo no que é estrutural). Nomeadamente de um uso mais parcimonioso e menos reverente das maiúsculas. Fernando Cruz · 31 de março de 1997 · 2K
Pelourinho …à /Èspó/ O dr. José Hermano Saraiva, no programa da televisão pública portuguesa "Horizontes da Memória", em 30 de Março, deu novos "horizontes" à pronúncia da abreviatura Expo. Não tanto pelo /èspó/ (em vez de Êispu), já registado entre as diferentes formas como numerosas personalidades pronunciam mal esta «palavra». Mas porque o /Èspó/, na eloquência do dr. Hermano Saraiva, nos lembra o cómico «No!» de D. Bártolo no "Barbeiro de Sevilha". João Carreira Bom · 31 de março de 1997 · 4K