Os sacos de plástico oferecidos na Feira do Livro de Lisboa durante a edição deste ano trazem o seguinte apelo: «Feira do Livro, Benvindo - BCI, Banco Oficial da Feira do Livro».
Será o Benvindo o autor do texto? Terá o Benvindo de ir à Feira do Livro ou seremos nós bem-vindos à Feira do Livro de Lisboa?
Cravado a branco está uma das mais habituais calinadas na língua portuguesa, de tal forma grave que até os sacos coraram com as cores do patrocinador.
Bem-vindo é um desejo de boas-vindas a quem chega, é assim que se escreve, enquanto Benvindo, de José Benvindo Fonseca, é um nome.
Que um suporte de publicidade contenha erros ortográficos já não é novidade, infelizmente. Agora, um erro assim num dos maiores acontecimentos culturais portugueses. Ainda por cima da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros....
Felizmente, salvou-se o conteúdo do saco, oferecido por uma moçambicana a um filho de timorense. Dois magníficos livros sobre a arquitectura e cultura de Timur Timur, o oitavo país lusófono que continua a sofrer e a rezar em português.