Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Como já aqui defendi (cf. Aval, in Respostas Anteriores), a palavra aval provém do francês "aval", cujo plural é "avals". Eis uma justificação, embora de não muito valor, para o plural avales.

Nem todas as palavras terminadas em -al fazem o plural em -ais como é o caso, por exemplo, de mal, males.

Entretanto, há mel, que, além do plural méis, possui também o plural meles. E fel faz no plural feles. O melhor é deixar, pois, passar o tempo, até que o uso escolha uma das formas: avales ou avais.

A questão da norma linguística associada à determinação do que deve ou não ser considerado erro é terreno movediço falho de um poder regulador. Alguns linguistas - quais visitantes alienígenas - fazem questão de se insurgir contra qualquer possível iniciativa reguladora, pretendendo que aqueles que tentam determinar o que é erro estão de costas voltadas para a «realidade dinâmica da língua» (que, aliás, nunca esclarecem em termos práticos), que se apropriam indevidamente de um poder que é de ...

Carlos Sousa Ferreira (cf. Ainda sobre black-out com ou sem hífen) contestou uma minha resposta, onde defendi que as letras k, w e y não pertencem ao nosso alfabeto. Vejamos:

1.a) Diz Rebelo Gonçalves no seu "Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa" que as tais vinte e três letras são «letras fundamentais». Se são fundamentais, as outras três (k, w e y) não pertencem ao fundamento da nossa grafia. Ficam, pois, à parte.

Por Ciberdúvidas

Esta secção serve para realçar desvios às normas de português supostamente em vigor nas escolas - quando cometidos em público e, de preferência, por figuras públicas.
     Ciberdúvidas, que tem suscitado milhares de consultas, é neste assunto uma «figura pública» de responsabilidade acrescida. Por isso, quando erra no que não pode, merece um lugar especial no "Pelourinho".
     Temos assinalado falhas nossas: pela correcção de respostas ant...

É conhecida a apetência especial do ex-Presidente português, Mário Soares, em falar francês com pronúncia portuguesa. Por exemplo, Mitterrand ("mon ami Mitterrand"), ele diz sempre: "Mitterand", como se Mitterrand se escrevesse só com um r e mal tocando no r. É uma opção, um estilo, uma marca distintiva que só fica bem a um lusófono ainda com responsabilidades públicas.
     Choca, por isso, só por isso, vê-lo dar assim o dito pelo não dito na inversa, i...

O correspondente que assina Carlos Sousa Ferreira (CSF) começa por imputar a Ciberdúvidas uma afirmação inexistente: «Em inglês, não há "black-out" com hífen». Procure-se nas Respostas Anteriores! CSF delirou. Ou, então, está de má-fé.

Animado pela energia da imaginação, CSF «ensina-nos» a diversidade da língua inglesa e, a seguir, tenta demonstrar que o reputado helenista e latinista Rebelo Gonçalves - só pelo facto de ter admitido a sua utilização em casos especiais - autorizou o ...

Isto são minidúvidas, mas não se pode dizer sem mais nem menos que em ingês não há black-out com hífen. Na realidade, o inglês, tal como o português, o espanhol, o francês, o alemão e o sueco (e, provavelmente, algumas outras que eu desconheço), são línguas que registam diversidade de grafias consoante as unidades geopolíticas que as utilizam. Ignoro a grafia australiana, sul-africana, etc. Mas sei que em inglês de Inglaterra, ao contrário do inglês norte-americano, é norma a utilização do hí...

Sobre dois erro muito recorrentes: "encapuçados", em vez de encapuzado(s), e o plural de aval.

Muito agradecido pelas indicações sobre esses vocábulos.

Na formação destas palavras, entram o prefixo pro- (movimento para diante, para a frente; em favor de) e o prefixo re- (movimento para trás). Daqui conclui-se o seguinte:

O ser humano proactivo é o que age «para a frente» (pro-), isto é, olha e pensa acompanhando «para a frente» determinado acontecimento e dá a sua contribuição para esse acontecimento se desenrolar como se deseja.

Li nas vossas respostas de hoje do Ciberdúvidas a resposta a uma pergunta relativa ao termo em assunto (in Respostas Anteriores). Creio poder dar uma achega relativamente ao conceito em causa, mesmo sem indicação do contexto:

Usa-se muito este termo hoje por oposição a reactivo, i.e., quando alguém actua por antecipação a problemas previsíveis, para prevenir situações normalmente desagradáveis é «proactivo»; ao contrário o que actua depois do problema declarado, para reso...