Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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O ministro da Justiça, Vera Jardim, nas falas que a televisão lhe recolhe, não costuma empregar mal a Língua Portuguesa. Mas, há dias, saiu-se com uns "partners" injustificáveis. Só um presunçoso, que o ministro não é, pode empregar uma palavra estrangeira, quando tem uma palavra portuguesa - parceiro - com significado equivalente ao do termo inglês.
   Conheço gestores que dizem parceiros e se fazem entender muito melhor. O uso de estrangeirismos desnecessários empobrece a no...

Norte-americano ou americano?
Um gentilico controverso

O (mais) apropriado gentílico relacionado com os Estados Unidos da América (EUA) abordado neste artigo de Diogo Pires Aurélio, publicado Diário de Notícias de 23 de Novembro de 1998.

Se não estou em erro, a denominação anos sessentas usa-se modernamente no Brasil. É um tanto raro ouvir-se em Portugal. Julgo, pois, que transitou do Brasil para Portugal. Eis alguns comentários:
   1. - O aposto é um continuado. Chama-se mesmo aposto ou continuado. É continuado, porque nele se encontra continuada a significação do elemento fundamental. Talvez seja preferível chamar-lhe determinante, porque sessentas determina anos.

Quanto aos comentários do Professor José Neves Henriques a respeito das afirmações por mim feitas sobre a propriedade do uso da expressão "anos sessentas", vejo-me na situação de externar as seguintes considerações:
    1- Com efeito, o aposto nem sempre concorda com o termo fundamental, principalmente se se trata de aposto explicativo, como muito bem o demonstrou o prezado Professor. Como no caso em tela se examina um aposto especificativo, que vem ligado diretamente ao termo...

O barbarismo, até de tanto se ouvir por quantos têm obrigação de o evitar, já se tornou numa inevitabilidade. Mas nem por isso diminui o disparate, nem se absolve a ignorância. Se, no singular, o neologismo líder se pronuncia em Portugal /líder/ por que razão o plural não há-de ser /lídères/ (com acentuação esdrúxula, tal como /repórter/, /repórtères/)?!
   Com os telejornais portugueses de novo cheios com a recorrente c...

   a) Não há língua/linguagem sem regras. Não raro, quem ensina tem de mencionar as regras, para melhor e mais fácil aprendizagem.
   b) Dei preferência ao r a que chamam «érre rolado», por ser o normal no centro e no norte do país. O outro, o velar, é característico apenas da região de Lisboa. Mesmo aqui, muitos não o pronunciam como velar. A maior parte dos portugueses pronunciam o r rolado. Note-se a maior densidade da população no centro e Norte do que no...

As V. explicações muitas vezes têm um suporte legal(citam regras, números, etc). Ultimamente tivemos uma intervenção dum tradutor de Bruxelas acerca da pronúncia do R. Eu, aliás, tinha ficado muito surpreendido pela V. resposta (aquela que engendrou a mencionada intervenção) que aconselhava a pronunciar o R não velar. Acho que mesmo em Coimbra, embora se use com muito mais frequência esse R não tenho a certeza se a grande maioria das pessoas faz isso. (Eu aconselhava o contrário, isto é o uso do R vel...

Estamos, ainda (em Portugal), no rescaldo da atribuição do Prémio Nobel de Literatura a José Saramago. Natural, bonito, obrigatório mesmo para toda uma comunidade que viu finalmente chegada a hora de um escritor lusófono.
   Nada natural, nem bonito e perfeitamente dispensável é que, numa dessas celebrações (...)

 

 

Escreve tão bem como fala a Língua Portuguesa o Nobel da Literatura de 1998, José Saramago. Como se (ou)viu nas suas múltiplas e sempre tão estimulantes declarações às rádios e televisões portuguesas, no rescaldo da histórica consagração da Academia Sueca a um escritor lusófono. Até nesse pormenor da pronúncia da palavra Nobel.
   Eles, os locutores-jornalistas, os entrevistadores, os comentadores e os mil e um notáveis chamados a dar voz ...

Na semana passada, discutimos duas formas diferentes de tratamento. A base da conversa foi uma história vivida em Portugal por uma amiga. Serviu para vermos que diferença há entre "desculpa" e "desculpe".

Vimos que, na língua considerada padrão, "desculpa" é da segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo. Vem do presente do indicativo, sem o "s" final (eu desculpo, tu desculpas; desculpas-s=desculpa).