Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Uma reflexão — publicada no semanário Expresso de  2/07/2011 — sobre a nova acepção dada à palavra reforma, nestes tempos em que, em nome da crise e da austeridade económica que varre em particular Portugal e os demais países periféricos da União Europeia, o que está a ser aplicado  está a pôr em causa precisamente o que foram as verdadeiras reformas ao longo dos tempos.

Já antes, a leitura do semanário Expresso me havia chamado a atenção para o uso da palavra bloguer:

«Ouvimos um painel de especialistas internacionais e de blogueres nacionais […]» (Revista Única, de 25 de Junho de 2011, p. 56).

Uma semana depois, o o caso repetiu-se, agora no singular:

«Palavras só comparadas com a violência usada pelo bloguer para falar de Sócrates» (Primeiro Caderno, de 2 de Julho de 2011, p. 11).

Qual a regra gramatical que permite a forma <i>presidenta</i>?

A propósito da eleição de uma mulher para a presidência da Assembleia da República, em Portugal — e depois do que já ocorrera com a eleição de outra mulher para a chefia do Estado brasileiro —, volta a surgir a dúvida: «a presidente», ou «a presidenta»?

A forma recomendada é «a presidente» (do latim praesidens, praesidentis).

«Para os repórteres portugueses que marcaram presença na conferência [de imprensa, em Londres] e, certamente, para quem assistiu, em Portugal, via TV, à apresentação de [André] Villas-Boas, o desconsolo inevitável de ...

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Vasco Graça Moura considera que a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 traz «custos terríveis» aos portugueses, agravando o cenário de crise nos sectores do ensino e da edição de livros escolares. José Mário Costa não concorda: tais custos são irrelevantes e, até 2015, há tempo para o mercado livreiro se adaptar às novas regras, com as reedições facilitadas com o recurso, graciosamente, ao conversor ortográfico Lince. Dois pontos de vista opostos que são desenvolvidos nos seguintes textos:

Rebatendo a argumentação de Vasco Graça Moura, desenvolvida no artigo "O reino da insensatez", José Mário Costa afirma que são irrelevantes os custos da aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal.

In "Diário de Noticias" de 1 de Julho de 2011.

Vasco Graça Moura, desde sempre opositor ao Acordo Ortográfico de 1990, argumenta que não é altura de adoptar as novas regras ortográficas, no quadro da grave crise financeira que se vive em Portugal.

«A exposição do BCP-Millennium à divida grega é de 700 milhões [de euros], menos de 1 por cento dos seus activos, que são 100 biliões. (…) Comparados com os 140 biliões de divida grega que tem o BCE e, até, os 60 biliões detidos pelos bancos alemães…»

Carlos Santos Ferreira, presidente do BCP-Millennium, TVI, 19/06/2011

Vivemos num quotidiano pejado de siglas e de acrónimos. Porventura pela profusão de organizações, planos, programas, projectos, porventura pela rapidez com que tudo ocorre, porventura também para poupar espaço e/ou evitar as repetições. Não há praticamente jornal, revista, ou até livro, que esteja imune a este fenómeno. E nesse uso vale quase tudo, boas e más práticas: usar apóstrofo para os(as) pluralizar, colocar entre parêntesis a primeira vez que ocorrem ou nem isso, lexicalizá-los(as) de...

Na secção Cartas do semanário Expresso, de 28 de Maio de 2011, uma leitora, escrevendo sobre a crise que se vive Portugal, invoca o recente filme de Roland Joffé,...