Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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«... e vou, veraneando, preguiçosamente desfolhando o calendário da contagem dos dias da partida.» O calendário, coitado, com as folhas arrancadas – imagina-se que uma a uma, na lassidão atrás descrita –, deve ter ficado imprestável para qualquer outra utilidade.

Sobre o (bom) uso das aspas

A propósito do (recorrente) erro no uso da forma "precaridade" – e logo por uma entidade com contas devidas também no rigor formal dos pareceres e recomendações emitidos –, o autor reúne aqui algumas pistas para o sinal de pontuação que está longe de poder ser empregado como um mero adorno ou enfeite. In jornal "i" de 21/08/2014.

Um erro à discrição

«Mas tal, além de nos obrigar a comer só tomate e
pouco mais, embora com o benefício de o vinho ser à
descrição, parece-me pouco realista e não convence as
altas esferas que nos governam».

Expresso, Revista, 2 de agosto de 2014, p. 74.

 

 

 

 

«Vocês só

Nas explicações sobre as potencialidades e vantagens da relíquia fotográfica, o tropeção do vendedor foi mesmo linguístico. Bastante generalizado nos usos menos cuidados do português de Angola assinala o autor em crónica publicada no semanário luandense “Nova Gazeta”, de 21/08/2014.

 

 

Ninguém estragou o negócio de ninguém. Quase todos, alguns, poucos, pelo menos das pessoas que conheço, buscam informações na internet para pesquisar telefones, aparelhos de som e televisão.

Devemos alterar o Acordo Ortográfico de 1990?

Quem, no Brasil, acha que sim, formou o movimento Simplificando a Ortografia, defendendo uma maior simplificação da grafia do português, tal como ficou definida no Acordo Ortográfico de 1990. Objetivo anunciado pelos defensores de uma mais radical simplificação das atuais regras ortográficas: « (...) barateamen...

O papel do professor no ensino via Internet

A utilização das tecnologias da informação no ensino de línguas está a crescer a um ritmo constante nos últimos 10 ou 15 anos. Há cada vez mais aplicações de inserção de dados via Internet, exercícios interativos gerados automaticamente, gráficos dos resultados atingidos pelos alunos e aconselhamento automático (gerado pelo programa de computador) sobre quais os itens que o aprendente deve reforçar, a que se pode acrescentar, ou não, a aprendizagem colaborativa, na comunidade virtual.

Errar também será

«Em Portugal e em Angola, os jornalistas confundem [humano] com [humanitário]. Persistentemente. Tanto persistem que acabarão por vencer. Haverá um dia em que veremos à solta a "raça humanitária", a "espécie humanitária", o "ser humanitário".»

«Se Ele existe, porque

Era uma daquelas discussões como a do ovo e a galinha. Não levam a nada, salvo se há, por ali, algum tropeção... linguístico. É o que aqui nos conta o autor em mais uma crónica na sua coluna “Prof. Ferrão”, no semanário angolano Nova Gazeta, do dia 14/08/2014.

 

 

Eu te amarei, quando muito na norma brasileira. Ou seja: com a colocação do pronome antes do verbo (próclise). Tratando-se de uma revista portuguesa, será, sempre,  eu amar-te-ei [futuro do indicativo na forma reflexa do verbo amar, com o pronome pessoal intercalado entre elementos do próprio verbo (mesóclise), com hífen.]

Amarei-te... nunca a Sra. Obama diria alguma vez ao senhor seu marido. Falando em português (escorreito), é claro.

Eles não

Nos usos do português coloquial em Angola aponta-se nesta crónica do autor no semanário “Nova Gazeta” a deficiente conjugação do verbo corrigir – e logo por quem (e onde) menos se esperaria...

 

 

Essa é uma discussão que vem de muito longe. Agora até que melhorou um bocadinho, porque na década de 1990, a situação era pior. Os alunos ficavam amontoados, como que se de mercadoria se tratasse. Salas abarrotadíssimas, sem carteiras, sem quadros em condições e sem outros meios de ensino.