Tudo nasceu num comício do MPLA, no Namibe, com participação do Presidente angolano, João Lourenço, incensadíssimo pelo apresentador, o cantor de gospel, irmão (evangélico) Bambila, logo na apresentação:
«Uma salva de palmas para o pastor de todos os pastores do nosso país!... É ele que nos cuida, é ele que nos guarda, é através dele que Deus está em Angola! O pai vai estender a mão a todo nós...»
Das redes sociais aos humoristas e, até, na televisão pública angolana, a esdrúxula adulação teve logo célere repercussão linguística, com um novo verbo e respetivos substantivos para designar a lisonja fácil e interesseira, formado a partir do apelido do seu autor: bambilar («bajular»), bambila («bajulação») e bambilador («bajulador»).
Houvesse já em Angola um vocabulário ortográfico nacional, como em Moçambique, e a consagração dicionarística não tardaria...
Cf. Kwadi: uma língua perdida de Angola com uma história para contar