O Público, muito dado a grafias privadas, inventou a palavra quadriplicar para noticiar que a pandemia fez crescer quatro vezes os lucros de alguns laboratórios. Como se sabe, a grafia correcta é quadruplicar (ver aqui a explicação). Estes erros acontecem com maior facilidade em redacções que resistem à correcção de opções linguísticas erradas ou não recomendáveis. No caso do Público é antiga a insistência na grafia islamista em vez de islamita, tal como é, agora, a insistência em escrever taliban, em vez de talibã (a mesma terminação de guardiã, maçã e romã). Até parece que o Público se considera uma república autónoma da língua portuguesa.
Apontamento do autor, transcrito da página do Clube de Jornalistas do dia 7 de setembro de 2021. Manteve-se a grafia original, segundo a norma de 1945.