O Acordo Ortográfico de 1990 [segundo n.º 2 da Base XIX] organiza a utilização da letra minúscula e da letra maiúscula inicial e prevê a opção entre elas em determinadas situações (cf. "A letra minúscula inicial facultativa").
Quanto à letra maiúscula inicial, é utilizada nas seguintes situações: nos nomes próprios de pessoas (antropónimos reais ou fictícios): António Lobo Antunes, Cinderela; Catarina Furtado; nos nomes próprios de locais (topónimos reais ou fictícios): Porto; Algarve; Terra do Nunca; Marte; nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Vénus; Adamastor; Tágides; nos nomes de festas e festividades: Natal; Páscoa; Ramadão; Todos os Santos; Ressurreição; Carnaval; nos títulos dos periódicos: O Primeiro de Janeiro; Visão; Jornal de Notícias; nos pontos cardeais ou equivalentes, quando designam uma região: Nordeste (do Brasil); Norte (de Portugal); Oriente (asiático); nas siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais: CPLP; PSP; FCP; Sr.; V. Ex.ª; nos nomes das instituições públicas e privadas: Ministério das Finanças.
Quando se trata de um ponto cardeal e se escreve por extenso, utiliza-se a letra minúscula, se não for usado com o sentido absoluto de região; se for uma abreviatura, escreve-se com a letra maiúscula.
Porém, se se tratar de uma região, escreve-se sempre com maiúscula.
Vejamos os exemplos que se seguem:
«Dirijo-me para norte» (ponto cardeal por extenso e sem sentido absoluto de região) / «Dirijo-me para N» (abreviatura de ponto cardeal) / «Gosto muito do Norte» (região).