Em Nitra, segunda cidade da Eslováquia, terá lugar entre os dias 23 e 30 de julho corrente o Congresso Universal de Esperanto, desta vez 101.º, que ocorre anualmente, variando de país para país, de continente para continente.
Durante, antes e depois do Congresso, num período de cerca de 17 dias, dão-se eventos socioculturais atinentes, de carácter oficial, institucional ou particular, alguns dos quais, de cariz turístico-cultural, frequentemente ciceronizados por esperantistas cumuladamente especialistas, profissionais ou estudiosos das áreas da História, Arqueologia, Antropologia ou Etnologia.
Fora da recorrente temática da Interlinguística, do Planeamento Linguístico e da Esperantologia, são debatidos no espaço do Congresso temas diversos que podem ir da Economia à Astrofísica, do Direito à Medicina ou da Ecologia aos Direitos Linguísticos.
Entre as várias associações profissionais e não profissionais esperantófonas que aproveitam a ocasião e o espaço para realizarem as suas assembleias gerais anuais e palestras da especialidade, tem lugar cativo a internacional Associação de Juristas Esperantófonos -- atualmente presidida pelo português Miguel Faria de Bastos, advogado (Angola /Portugal) e esperantólogo --, que na sua próxima assembleia geral discutirá e votará um projeto de alteração integral dos seus estatutos, marcado pelo seu desiderato de alargamento e expansão da respetiva massa associativa, assim como pelo condizente programa de extroversão e interação com associações jurídicas de caráter internacional ligadas ao mundo do Direito e das profissões jurídicas.
Portugal candidata-se este ano à realização, pela primeira vez, do Congresso Universal de Esperanto de 2018, em Lisboa, sendo grande a expectativa quanto à escolha, até porque com esta candidatura competem as de outros dois países.
O número de congressistas varia de ano para ano, entre menos de mil e quase 6 mil, consoante vários fatores, como por exemplo a localização, a história, o clima, a atração paisagística, a peculiaridade cultural, a qualidade das infraestruturas turísticas, a gastronomia e o espírito hospitaleiro do país anfitrião.
Para Portugal, suposto que chegue a sua vez em 2018, são esperados entre 3000 e 4000 congressistas de 80 a 100 países (inscritos segundo os países onde são domiciliados).
O Congresso de 2017 já está marcado para a Coreia do Sul.
Nos Congressos Universais a única língua autorizada é o Esperanto, não havendo portanto intérpretes nem tradutores nem auriculares.
De entre as cerca de 6300 línguas étnicas faladas atualmente no planeta, o Português situa-se no número das quatro que mais parecenças têm com o Esperanto no plano lexical, semântico, morfossintático e fonético.