CGTP e UGT, as duas centrais sindicais portuguesas, voltaram a assinalar, na sua bipolaridade de sempre, o mundialmente consagrado Dia do Trabalhador. Uma bipolaridade que passa também pelo melhor ou pior uso da língua portuguesa por parte dos seus principais oradores, os respetivos secretários-gerais. E, aí, à parte os também melhores e piores dotes tribunícios de um e de outro, Manuel Carvalho da Silva voltou a levar a palma a João Proença, que persiste na armadilha da "precaridade". Não é só ele, valha a verdade — basta ver, e ouvir, qualquer noticiário televisivo —, mas na boca de um líder sindical…
PS – Outro desleixo recorrente, como se voltou a ver nas faixas e nos cartazes alusivos à data, é o 1º de Maio, em vez de 1.º de Maio*. Mas, aqui, a unicidade mantém-se... absoluta.
* Uma confusão recorrente em vários registos, alguns deles nada abonatórios do rigor da informação aí divulgada – anos e anos a fio.
N.E. (30/04/2018) – 1.º de Maio escreve-se com M maiúsculo, neste sentido da celebração do Dia do Trabalhador. Noutro diferente contexto, maio, como os demais meses do ano, passou a grafar-se com a letra inicial minúscula. Assim o prescreve, quanto às datas históricas, festas ou festividades a e) do ponto 2 da Base XIX do Acordo Ortográfico de 1990. Portanto: o 1.º de Maio, o 25 de Abril, o 10 de Junho, 5 de Outubro, o 1.º de Dezembro, etc.; mas: a 1 de maio, no dia 25 de abril, a 10 de junho, em 5 de outubro, na data de 1 de dezembro, etc. *
* Acontece o mesmo com o castelhano, como lembra esta recomendação da Fundação para Espanhol Urgente (Fundéu): Primero de Mayo en mayúscula, pero puente de mayo em minúscula.