A expressão mass media, normalmente reduzida a media, provém do inglês norte-americano, onde surgiu com base no latim media (neutro plural de medius, a, um) para designar os meios de comunicação de massas (Dicionário Houaiss). No Brasil, impôs-se o aportuguesamento ortográfico mídia (singular feminino: «a mídia») como reprodução aproximada da pronúncia anglófona, que se enraizou «graças ao seu maciço poder de cultura, comércio e finanças, manifestos em particular, no caso brasileiro, nas agências de propaganda comerciais» (idem).
Em Portugal, a situação é diferente: há quem proponha média, que desencadeia a concordância no masculino plural («os média»), mas, não se enquadrando esta forma nas regras de formação do plural do português, opta-se geralmente por aconselhar o uso da própria palavra latina media («os media») em itálico e pronunciada "média". É, pois, com estranheza que se ouve novamente "mídia" como leitura de media, na notícia da realização pela Rádio e Televisão de Portugal (RTP) da conferência Um Novo Paradigma para o Serviço Público de Media em Portugal, no Centro Cultural de Belém, no dia 20 de novembro. É que basta consultar o Prontuário Sonoro que a própria RTP disponibiliza, para saber que a pronúncia recomendada é "média", e não "mídia".
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