Agradecendo a observação feita, gostaria, no entanto, de lembrar que Rebelo Gonçalves, no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (1947, p. 252-254), inclui meta- entre os prefixos que não são seguidos de hífen e que se unem aos elementos imediatos, a saber: com origem grega, anfi-, apo-, endo-, epi-, exo-, hemi-, hipo-, meta-, para-, peri-, tele-; com origem latina, ambi-, bi-, cis-, des-, intro-, intus-, re-, retro-, so-, suso-, tri-.
Sobre a união ao elemento seguinte, o referido autor acrescenta em nota (ibidem, n.º 8) o seguinte:
«Com esta união, ou os elementos posteriores aos prefixos ficam intactos, ou se dão alterações interiores: supressão de h, duplicação de r ou s, etc. [...].»
É, portanto, legítimo concluir que a forma mais adequada à luz do AO 45 seria metaistória, muito embora no período de plena vigência do referido acordo possa ter-se escrito em muitas publicações a forma meta-história.
No contexto do Acordo Ortográfico de 1990, recorde-se, deve escrever-se meta-história.