1. A língua portuguesa não pode ignorar o debate à volta da educação cívica para uma sociedade livre e responsável. É, portanto, de assinalar o lançamento em linha da Biblioteca Digital, um portal que o Observatório da Língua Portuguesa desenvolveu no âmbito dos European Economic Area Grants, através do Programa Cidadania Ativa, gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian. Este projeto destina-se sobretudo a crianças e jovens, disponibilizando livros em formato digital e propostas de atividades, tudo a respeito da tolerância, do racismo, da xenofobia e da igualdade de género. Completa este portal um conjunto de depoimentos dos escritores que cederam os direitos das obras selecionadas para constituição deste novo recurso com interesse para professores e educadores.
2. Continuando a falar de projetos que, no ciberespaço, promovem a reflexão e a criatividade em língua portuguesa, refira-se o Congresso Lusófono de Escrita Criativa, que pela primeira vez se realiza em linha de 9 a 15 de novembro. Trata-se de uma iniciativa que pretende aperfeiçoar o domínio de técnicas literárias e proporcionar o contacto com os canais de publicação, reunindo vários nomes do meio literário – entre os portugueses, os de Mário de Carvalho e Carlos Reis.
3. No quadrante político, mais especificamente, no contexto das conversações que, em Portugal, o Partido Socialista tem desenvolvido com partidos à sua esquerda com vista à formação de governo, um vocábulo está na ordem do dia: negociação. Um trabalho da revista Visão (5/11/2015) enumera os pontos-chave do significado desta palavra na presente fase da vida política portuguesa.
4. O consultório aborda neste dia um tópico de sintaxe – como se analisa «três dos quais»? –, além de comentar o significado da expressão «boca para barulho» e o uso regional do substantivo revolta.