Segundo Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, 2002, p. 226), um verbo anómalo é um verbo irregular «[...] que apresenta, na sua conjugação, radicais primários diferentes: ser (reúne o concurso de dois radicais, os verbos latinos sedēre e ĕsse) e ir (reúne o concurso de três radicais, os verbos latinos ire, vadēre e ĕsse». O mesmo gramático observa também que «[o]utros autores consideram anômalo o verbo cujo radical sofre alterações que o não podem enquadrar em classificação alguma: dar, estar, ter, haver, "ser", poder, ir, vir, ver, caber, dizer, saber, pôr, etc.» Ou seja, aplica-se a expressão «verbo anómalo» a um subtipo de verbo irregular, mas o mesmo termo também se emprega em alternativa a «verbo irregular».