Para escrever correctamente em português de Portugal, precisa, nesta data, de respeitar a norma portuguesa de 1945 (e alterações nos acentos das palavras derivadas, de 1973). O novo acordo não lhe resolve ainda o problema, porque não entrou em vigor (nem se sabe quando entrará). No entanto, satisfazendo ao seu pedido, informo:
Um acordo ortográfico, como o nome indica (recto+relativo à escrita), trata da grafia correcta das palavras.
Não encontrei o texto do acordo ortográfico de 1990 na `Internet´. Em Portugal, existe uma publicação da Texto Editora (Estrada de Paço de Arcos n.º 66, 2735 Cacém, endereço electrónico www.textoeditora.pt) com o título: Novo Acordo Ortográfico, Afinal o que Vai Mudar, de José Victor Adragão, que transcreve o texto desse novo acordo.
Da mesma editora, o Prontuário Universal compara `pari passu´ as regras do novo acordo com as actualmente em vigor. Pode verificar-se que as mudanças não são muitas. As mais significativas para Portugal encontram-se, sobretudo, na eliminação de algumas consoantes mudas. Aceitam-se duplas grafias (ex.: António/Antônio, facto/fato, etc.). As regras do hífen são simplificadas. Nos acentos mantém-se tudo praticamente na mesma (são suprimidos: em dêem, lêem, etc.; nas paroxítonas como alcalóide e como assembléia, estas agora também para o Brasil; em pára, péla, pêlo, pólo, etc.; é suprimido completamente o trema, agora também para o Brasil).
Não obstante alguns defeitos, a grande virtude deste novo acordo seria legalizar a escrita em toda a lusofonia, evitando problemas como o seu (ou como o nosso em Ciberdúvidas).
Ao seu dispor.