Transcrevo o que diz Evanildo Bechara, na Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro, Editora Lucerna, 2002, pág. 560; foram desenvolvidas as siglas relativas à autoria dos exemplos):
Depois de «mais de um», o verbo é em geral empregado no singular, sendo raro o aparecimento de verbo no plural:
«... mais de um poeta tem derramado...» [Alexandre Herculano, Fragmentos Literários, Rio de Janeiro, Sauer, pág. 155]
«Mais de um coração de guerreiro batia apressado...» [idem, pág. 169]
«Sei que há mais de um que não se envergonham dela» [idem, pág. 169]
A concordância no singular com a construção «mais de um» é confirmada por Celso Cunha e Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1984, pág. 497) e por Maria Helena de Moura Neves (Guia de Uso do Português, São Paulo, Editora Unesp, 2003).