1. O que nas gramáticas tradicionais é classificado como nível de língua reparte-se pelas variedades situacionais e pelas variedades sociais.
1.1. Variedades sociais
O mesmo falante activa diferentes estilos ou registos em função da situação que está a viver e em função do modo, escrito ou oral, da produção discursiva. Este fenómeno é classificado como variação diafásica.
Um dado locutor diz, no café, com os amigos:
a) – Que chato!
b) – Bestial!
c) – Foi então que o tipo estoirou de raiva!
Mas também deverá saber dizer, numa reunião da empresa:
d) – Que aborrecido!
e) – Muito interessante!
f) – Foi então que o indivíduo ficou deveras perturbado!
As variações relativas à linguagem cuidada, coloquial, corrente e familiar dizem respeito às variedades situacionais.
1.2. Variedades sociais
Uma dada comunidade de falantes partilha um mesmo ambiente cultural, social e educacional. Partilha o mesmo sociolecto. Nesta altura falamos de variação diastrática (através dos estratos sociais).
A gíria e o tecnolecto são variedades sociais.