«Foi-lhe, contudo, impossível fazê-lo por indisponibilidades várias – mas não deixou de avisar que amanhã estará às 9.30 na Estrela para seguir à frente da equipa de futebol em direção ao cemitério dos Prazeres, onde se cumprirão as ezéquias fúnebres.»
Referia uma pequena notícia n'A Bola (30 de julho de 2013, p. 4) para explicar a ausência do atual presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, do velório de Fernando Martins, antigo líder daquele clube.
Deveria lá estar, como é óbvio, exéquias, e não ezéquias. Este erro ortográfico tem raiz fonética. Como aquele x se pronuncia z, foi-se atrás do som e grafou-se a palavra com z. Mas decerto que noutras situações idênticas, em que o x adquire o valor fonético de z, como em: exame, exemplo, exílio, êxito, êxodo, exonerar, exótico, exultar ou hexágono, o autor também não as grafa com z…
Por último, a expressão enferma ainda de outro erro, um pleonasmo vicioso, uma vez que exéquias são cerimónias religiosas fúnebres, portanto, não há exéquias que não sejam fúnebres…