Estamos perante uma frase complexa que pode analisar-se da seguinte forma:
sujeito subentendido — «eu»;
predicado — «quero fazer as honras da casa àquela senhora»;
complemento directo (constituído por uma oração infinitiva) — «fazer as honras da casa àquela senhora»;
sujeito subentendido da oração infinitiva — «eu»;
predicado — «fazer as honras da casa àquela senhora»;
complemento directo — as honras da casa;
complemento determinativo «de honras» — «da casa»;
complemento indirecto — «àquela senhora» (na frase original, por estar deslocado para o início, é repetido através do pronome lhe).
Embora ambos os verbos (querer e fazer) sejam transitivos, neste contexto o verbo querer não vai para a passiva. A frase que podemos colocar na passiva é a infinitiva «fazer as honras da casa àquela senhora». Por outro lado, o verbo fazer está no infinitivo porque tem o mesmo sujeito que a subordinante. Caso contrário, deveria estar no conjuntivo, sendo a frase introduzida pela conjunção que, como em (1) e (2) a seguir:
(1) «Quero ver o filme.»
(2) «Quero que vejas o filme.»
Ora, ao colocarmos a frase na passiva, o sujeito vai deixar de ser o mesmo de querer, pelo que o verbo fazer não vai poder continuar no infinitivo. A passiva da frase em apreço é, pois:
«Quero que as honras da casa sejam feitas (por mim) àquela senhora.»
Ou, para mantermos a estrutura:
«Àquela senhora, quero que as honras da casa lhe sejam feitas (por mim).»
Saliento ainda que a frase deverá ter uma vírgula em «senhora», pois estamos perante um complemento indirecto que foi deslocado para início de frase.