Nos contextos que apresenta, tudo indica tratar-se de "gralhas" que escaparam à revisão. As formas verbais adequadas seriam, pois, vi-o e ouvi-o.
Na crônica "Dos perigos do riso" de José Eduardo Agualusa (Público 5/Jul/1998), estranhei a conjugação na 2ª pessoa do singular dos verbos ver e ouvir em contextos em que a 1ª pessoa parece-me menos estranha. O protagonista está partindo com o lagarto que comprou numa tendinha à beira da estrada: «Viu-o desaparecer, encostado ao jipe...» Outra ocorre quando o lagarto comprado começa a rir: «Eu ouviu-o e não tive vontade de rir.» Pergunto se é regionalismo consagrado pelo uso. Grato.
Nos contextos que apresenta, tudo indica tratar-se de "gralhas" que escaparam à revisão. As formas verbais adequadas seriam, pois, vi-o e ouvi-o.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações