Como falante de português europeu, não noto diferença nenhuma na leitura dos grafemas relativos aos sons vocálicos das sílabas finais de batom e Leblon. Trata-se de uma sílaba nasal que costuma ser representada pelo símbolo fonético [õ].
Se quisermos confirmar esta impressão, basta consultarmos um dicionário que inclua a transcrição fonética em cada entrada vocabular, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa. Veremos que batom é transcrito como [ba`tõ]. Não tive acesso a nenhuma obra de referência que incluísse a transcrição fonética da palavra de acordo com a norma brasileira, mas suponho que a pronúncia seja praticamente igual. Quanto a Leblon, também não possuo nenhuma fonte brasileira, mas, pelo que ouço através das telenovelas que vêm do Brasil, calculo que o
topónimo se transcreva como [le`blõ].
É claro que, se pretendermos uma descrição fonética mais fina, os sons podem ter algumas diferenças, porque o seu contexto fonético é diferente, o que pode ter implicações na pronúncia. Em batom, a vogal nasal [õ] segue-se à consoante oclusiva dental surda, enquanto em Leblon, a consoante que precede a vogal é a consoante lateral alveolar [l]. De qualquer modo, este é dos casos em que essas diferenças são negligenciáveis, até porque elas não são captadas pelos falantes de português.