Concordamos basicamente com as observações feitas à utilização das preposições. Analisemos agora os casos propostos.
As preposições são palavras de ligação. Têm origem nos advérbios e, por isso, indicam a origem do movimento, o destino do movimento, o local, a posição relativa, etc.
Também os prefixos apresentam estas características: incluir contém a ideia de movimento para dentro, e excluir contém a ideia de movimento para fora.
Na frase n.º 1 – «Use botões para incluir e excluir campos do critério de ordenação» –, a preposição de contida na contracção do não depende da regência verbal.
Apresenta-se-nos como determinativo de “campos”. Explica a que tipo de campos nos referimos.
A frase n.º 2 – «Use botões para excluir e incluir campos ao critério de ordenação» – não nos parece adequada.
Proporíamos, neste caso:
«Use os botões para incluir campos ao (ou no) critério de ordenação ou para excluir campos do critério de ordenação.»
A frase será mais longa, mas respeitará as regências dos verbos incluir (movimento para dentro ou para um local) e excluir (movimento para fora).
As frases 3 e 4 contêm o verbo tirar, que rege normalmente a preposição de. Exemplo: «Ele tirou a cerveja do barril.» A preposição de indica a origem do movimento e introduz o complemento circunstancial de lugar de onde.
No entanto, é possível utilizarmos o verbo tirar seguido da preposição a, quando indicamos o complemento de objecto indirecto. Exemplo: «Ele tirou a cerveja ao barril.»
Se alterarmos a posição dos elementos, obteremos uma frase com a seguinte estrutura:
«Não se pode tirar nem acrescentar açúcar à cerveja ou ao refrigerante.»
Neste caso, os verbos tirar e acrescentar terão como complemento objecto directo o açúcar e como complementos objectos indirectos a cerveja e o refrigerante precedidos da preposição a.
Julgamos que devemos tirar três conclusões:
Primeira – é conveniente evitarmos as orações relativas porque estas tornam muito mais difícil a utilização das preposições.
Segunda – as preposições a e de têm várias utilizações, e, por isso, devemos utilizá-las da maneira que nos parece mais conveniente para cada caso concreto.
Terceira – não devemos sintetizar quando é preferível usarmos um discurso um pouco mais longo, mas mais esclarecedor.