O termo incluso é adjectivo e particípio passado (irregular) do verbo incluir. Assim, é evidente que pode ser usado com os verbos auxiliares ser e estar; portanto, não é errado dizer «o desconto já está incluso na nota fiscal». Habitualmente, pelo menos em Portugal, diz-se «o desconto já está incluído na nota fiscal», mas o uso não transforma o que é correcto em incorrecto; permite-nos, sim, dizer que se podem usar as duas formas. Assim, se utilizar incluso, está correcto, mas o uso habitual de incluído, no contexto referido, também não se pode considerar errado. Por outro lado, há verbos em que se está a pôr de lado a forma regular e a empregar-se a forma irregular, assim como há casos em que ambos os particípios podem ser usados em determinado contexto.
O adjectivo incluso deriva do «lat[im] inclūsus,a,um, "encerrado, preso, rodeado, cerceado, escondido, secreto, incluso", part[icípio] pas[sado] de includēre; (...); f[orma] hist[órica] sXV encluso, sXV jncluso, 1596 inclusa», e significa «que se inclui; incluído»; «metido dentro de; inserido, contido», a exemplo de «documento i[ncluso] numa carta»; «anexado, juntado (a outra coisa ou a um todo); incorporado, reunido», como em «item i[ncluso] em um artigo»; «que está envolvido em, que faz parte de; compreendido, abrangido»; e «encerrado, fechado, enterrado em», como, por exemplo, na frase «siso i[ncluso] no osso».
[Fonte: Dicionário Eletrônico Houaiss]