A defesa dos índios contra colonos egoístas («peixes graúdos que comem os pequenos») motiva este sermão, pregado em S. Luís do Maranhão, três dias antes de Vieira voltar ao reino. Entre paralelos simbólicos estabelecidos com a fauna marinha, que também são bons ouvintes (ao contrário de quem deveria fazer cumprir lei fraterna), e reclamando que os missionários sejam, de facto, o sal da terra (como diz a epígrafe evangélica), desenvolve-se uma sátira feroz ao governo de D. João IV nas partes do Brasil.
Com sugestões de análise literária deste sermão (a par do Sermão da Sexagésima), temos edição de Margarida Vieira Mendes, em Lisboa, Seara Nova, 1978.