A tendência «maioritária» dos falantes do português europeu é dar grande intensidade à sílaba tónica, deixando as átonas entregues a um destino incerto. Essa tendência leva-nos a fechar as vogais finais, quando não acentuadas, passando o o a soar u. É por isso que dizemos /tíu/, /fríu/, /ríu/, e não /tiô/, /friô/,/riô/.
Em certas regiões do país, nomeadamente na de Lisboa, além de se «emudecer» o o, transforma-se o hiato em ditongo decrescente: de /rí-u/, /tí-u/, /frí-u/ passa-se a /riu/, /tiu/, /friu/.
Mas basta que viaje um pouco mais para norte ou para sul... Verá que não é em todo o território nacional que se ditonga a terminação -io.