Em Portugal existe o termo relengo, um provincianismo beirão, que tem o significado de «moderação», «cautela». Mas este termo também é uma variante de relego, termo antigo que significava «lagar, adega, celeiro em que o senhor das terras recolhia os seus frutos», «privilégio de que gozavam os senhores de algumas terras para venderem o seu vinho sem concorrência, durante um certo período». Historicamente, o relego era o direito que o soberano ou o seu donatário tinha de poder vender livremente o vinho que se produzia nos seus reguengos, coutos e juradas, em certos meses e pelo prazo de dias; durante esse tempo marcado nos forais, provisões e cartas de mercê, ninguém podia vender vinho sem incorrer no pagamento do relego. Dava-se também o nome de relego ao lugar, tulha, adega ou celeiro em que tal vinho se produzia e guardava. Relego significa ainda «descanso, tranquilidade, pausa, sossego».
Esta informação foi recolhida na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.