A palavra rainha não é acentuada. A quebra do ditongo nem sempre se faz através do acento gráfico: essa quebra pode dar-se naturalmente na palavra, por força das letras que se encontram junto a um potencial ditongo, fazendo com que os seus elementos passem a fazer parte de sílabas diferentes.
Isso acontece no exemplo que dá, rainha, em que a semivogal i vem seguida do dígrafo nh da sílaba seguinte, que a anasala, levando-a a formar por si só uma sílaba. Outros exemplos disso são: bainha, campainha, ladainha, moinho, ventoinha, etc.
A quebra do ditongo acontece também, sem necessidade de acento gráfico, se ele vier seguido das consoantes r, l, z (ex.: cair, cairdes, juiz, Madail, paul, raiz, Raul) ou dos sinais de nasalidade m, n, ns (ex.: ainda, Caim, oriundo, ruim, ruins), desde que não se possam combinar com outra vogal com a qual formem sílaba.
Noutros casos, é necessário recorrer ao acento gráfico para que o ditongo com a vogal precedente não se concretize: aí (diferente de ai), país (diferente de pais), saía (diferente de saia), caía (diferente de caia), caíra, concluís (diferente de concluis), concluíste, juíza, juízo, Luís, Luísa, raízes, ruína, etc.
Por regra, levam acento agudo o i e o u tónicos que não formam ditongo com a vogal anterior, desde que não formem sílaba com r, l, m, n, z ou não estejam seguidos de nh:
cafeína, construído, distribuído, egoísta, faísca, heroína, juízo, peúga, proíbe, reúne, saúde;
construir, raiz (mas raízes) , juiz (mas juízes), paul, retribuirdes, tainha.