Em português, as palavras podem ser do género feminino (como a "aluna") ou do género masculino (como o "aluno"), podendo haver também palavras que acumulam ambos os géneros (como "estudante"). As razões para a palavra tomar este ou aquele género costumam prender-se com a sua etimologia, mas nem sempre isso acontece, acabando por ser o uso a impor a sua lei. Uma vez imposta essa lei pelo uso, os dicionários registam o género que a palavra veio a tomar, e assim se convenciona como se deve dizer. Nos exemplos que refere, as palavras que vamos buscar a outras línguas, com o tempo, ganham feições vernáculas e podem até manter o género que já tinham na língua original (omeleta, que vem do francês "omelette", é do género feminino nessa língua e manteve-o no nosso idioma). Há casos mais complicados, como o inglês, em que as palavras são do género neutro. O que fazer com “drink”, por exemplo? Como se não bastasse o género ser neutro na língua original, ela tem equivalentes, na nossa língua, de ambos os géneros! Podemos tomar um “drink” (= copo) ou uma “drink” (= bebida). O uso acabará por definir como será. E com cuba? O caso é ainda mais complicado! O nosso idioma conhece Cuba como topónimo feminino, e assim seria uma cuba. Mas, no exemplo do consulente, a palavra parece vir como redução de “Cuba Libre”, que é o nome de um coquetel (do inglês “cocktail”), e assim poderia dizer-se um cuba. Enquanto o uso não consagrar uma forma, o assunto como que está em "consulta pública", podendo cada um de nós "votar" na forma que preferir.