Comecemos pelo chamado sentido denotativo, correspondente à seguinte paráfrase:
«O estado psicológico que é designado pelo verbo querer é equivalente às condições que permitem agir.»
Como vemos, por esta interpretação, não se consegue vislumbrar a intenção que subjaz ao provérbio. É, pois, preciso recorrer ao valor mais subje{#c|}tivo das palavras e propor uma interpretação, que acaba por ter alcance moral: «quando existe verdadeira vontade (= querer) de agir, não é preciso pedir licença (= poder), e tudo se consegue.»
Mas o provérbio em questão é ambíguo, e podem ser-lhe atribuídas interpretações diferentes noutros contextos; por exemplo: «a vontade só se realiza se não houver entraves» ou «há sempre limites para o que se quer».