Quando nos referimos a pessoas, umas vezes empregamos quem, outras que, conforme a frase:
(a) Já se foi aquele homem que muito me ensinou.
(b) A mulher que eu amo é a Maria.
(c) A mulher a quem amo é a Maria.
(d) Quem me disse isso foi o João.
Nas frases (b) e (c), tanto o que como o quem são complementos directos.
Outros exemplos:
(e) Este é o meu pai, de que muito me orgulho.
(f) Este é o meu pai, do qual muito me orgulho.
(g) Este é o meu pai, de quem muito me orgulho.
Geralmente empregamos a frase (g); por um lado, porque soa melhor; por outro, porque o pronome relativo quem frisa, acentua mais nitidamente a pessoa a quem nos referimos. Percebe-se porquê, não é verdade?
É doutrina errada a que afirma que devemos usar o pronome relativo quem, e não que, quando nos referimos a seres humanos.
A frase por mim empregada está, pois, inteiramente certa. Aquelas duas palavritas, é que, são uma expressão de realce, que muito se usa. Serve para salientar, para realçar aquilo que se diz. Por isso, podemo-la suprimir:
(h) O profissional de tais actividades sabe distinguir, e não eu.