A expressão não é «o que seria de», mas sim «que seria de», segundo alguns autores. Argumentam que aquele o não é preciso para nada. Está a mais. De facto assim é, mas a presença do «o» dá mais força ao que se diz – realça. Consideremos a expressão sem esse o para mais facilmente a compreendermos, e vejamos as frases seguintes:
(a) Que seria de nós, se ninguém nos ajudasse?
(b) Que seríamos de nós, se niguém nos ajudasse?
Para melhor compreendermos a frase (a), completemo-la:
(c) Que seria feito de nós, se ninguém nos ajudasse?
A frase (c) mostra-nos que a frase correcta é a (a) e não a (b). Isto nota-se perfeitamente, se, acrescentarmos feito à frase (b). Vejamos como fica uma linguagem sem pés nem cabeça:
(d) Que seríamos feito de nós, se ninguém nos ajudasse?
Daqui se conclui que a frase correcta é a (a).
Esta doutrina serve para verificarmos que, das frases seguintes, só a (c) está correcta. Para compreendermos melhor, completemos com feito:
(c) Que seria feito de nossas monografias, se não fossem as gramáticas?
(d) Que seriam feito de nossas monografias, se não fossem as gramáticas?