O prefixo pseudo exprime a noção de falsidade. Assim, quando dizemos pseudociência, pretendemos designar uma falsa ciência ou uma hipotética ciência. Com este sentido, nunca poderemos aplicar o termo "Pseudo-História" para um determinado período do tempo das culturas e civilizações, independentemente do seu estado evolutivo. Há a História da Grécia e de Roma, tal como há a História da Expansão Portuguesa ou a História Contemporânea. Os historiadores é que utilizam métodos diferentes para construir História. Por exemplo, podemos fazer História Contemporânea, através da pesquisa em jornais para determinar que factos sociais, políticos, institucionais, culturais e económicos estiveram subjacentes ao processo de descolonização da África. Contudo, não poderemos utilizar jornais para as sociedades neolíticas, porque simplesmente não havia escrita. Mas as sociedades neolíticas tiveram igualmente factos políticos, institucionais, culturais e económicos que a História estuda, através de outros métodos.
Em relação à "História Mítica", para usar a expressão do consulente, penso que é outra abordagem cultural. Todos os povos e culturas têm no seu imaginário colectivo um conjunto de narrativas fabulosas cuja significação perspectiva fornecer identidade ao grupo ou até a interpretação cósmica.